28 de agosto de 2013

Infinito sem presente

Falta pouco tempo pra primavera e eu desejei de novo aqueles seus olhos de pêssego. Mas eu sei, você sabe, todo mundo sabe que não é isso que eu quero. Só desejei por me sentir perdida, quase caindo. Só queria alguma coisa para me segurar, pra me fazer sorrir. 
Tem um negócio que não me deixa pular do penhasco. Pode ser que seja medo ou insegurança ou tristeza. Não quero acreditar em falta de sorte. Já acredito em coisas demais. Hoje me senti muito tonta quando quase comecei a chorar. Eu que não sou chorona. Mas as lágrimas queriam sair e, como eu não deixei, elas desceram para garganta naquele nó estranho doído. Então é assim: eu tava com medo, tava decepcionada, tava insegura e achando que nada de bom me caberia, que a sorte (seja ela o que for) não é minha amiga. Eu queria chorar, mas precisava de um abraço pra me abrigar
"De repente a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua
Que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio mas também bonito"

2 comentários:

Brenda Torquato disse...

eu poderia ter escrito isso ontem, haha ;/

Mario Augusto disse...

eu sei, você sabe, todo mundo sabe que, se a gente soubesse mesmo o que quer, tava tudo fácil (mas tão fácil que não cometeríamos aqueles "erros" gostosos de errar na vida)