29 de março de 2015

Ensaio sobre ti

para Raísa
A poesia surge de ti. De todos os cantos escondidos do teu corpo, dessa tua pele sempre branca.
A tua pele sempre branca.
Tu é feita do quê?
Tem gente que é feito de mar. Impulsos, impetuosas ondas, o refluxo e a ressaca arrebatadora e apaixonante.
Tem gente que é feito de terra. A firmeza, a segurança, produtividade.
Mas tu, tu é céu imenso. É infinidade. Sem início nem fim. Tu é possibilidade. O dia todo te olhando, o dia todo, toda a calma do teu azul, toda a profundidade das tuas nuances. 
Tu é quase um convite. Tanto avião, balão, tanto pássaro alçando voo, escrevendo poesia nesse teu céu que é tua pele sempre branca. Que é imensidão.
Tu não tem fim, nem começo. Tu te deixa admirar ao mesmo que guarda tantos mistérios. Todos os caminhos não visíveis, as rotas aéreas certas e variáveis.
Tua poesia é aberta, arte moderna, voo livre. Tua poesia é pássaro voando no céu que é tu, que é tua pele sempre branca.

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