Era Cecília por causa da Meireles. Era Clarice por causa da Lispector. Eram gêmeas. Cecília e Clarice nasceram com uma doença rara, eram monocromáticas. Viam a tudo de apenas uma cor. Cada dia uma cor diferente. Certas manhãs Cecília acordava e enxergava tudo amarelo e Clarice cor-de-rosa. Outras era verde e azul. Outras ainda branco e roxo. Mas as menininhas não sabiam que nome as cores tinham. Nunca aprenderam e ninguém entendia porquê não conseguiam lhes ensinar. E na hora que elas acordavam iam as duas juntinhas até a janela, e ficavam treinando os nomes das cores que viam. Aí, elas descreviam, uma para outra, qual a cor do seu dia.
- Hoje eu estou triste, Clarice, tá tudo tão escuro desde cedo.
- Eu já ouvi falar que a isso dão o nome de preto.
4 comentários:
AIN, que linds ;)
Achei relaxo o preto ser igual a triste. HAHA.
Mas ela tava triste porque tava escuro desde cedo. Não tava preto porque ela tava triste, ela tava triste porque tava preto.
Encontrei seu blog por acaso, se é que acaso existe. Eu acredito que não cheguei até ele sem motivo. Acho que alguma força maior me fez ler suas palavras porque eu precisava. Eu realmente precisava de um pouco de alegria no meu dia. Comecei lendo devagar o primeiro post, e depois percebi que devorava cada palavra, cada frase, cada sentimento aqui descrito...E ia me sentimento mais viva, muito mais feliz...Seu blog foi o melhor que já li em toda a minha vida. E olha que já li muitas e muitas coisas nesses 21 anos de paixão por literatura.Obrigada por transformaer meu dia. Sinta-se feliz por ter mudado a vida dessa humilde garota que te escreve.
Dá uma passada no meu blog, estou de mudança para o blogspot,mas o endereço ainda é
http://vanessaabe.blog.terra.com.br
P.S.:me passa seu msn pra gente trocar umas idéias ok?
Bjos
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