14 de junho de 2009

Há de me matar, há de me matar

Pequena menina, que anda brilhando por ai, espalha alegria aqui. Deixa ver teu rosto, tua sombra, teu amor. Deixa pegar na mão esse carinho. E essa tua pureza, pequena menina, é a coisa mais bela desse mundo negro. Mundo sujo. Me desgosta viver, mas linda é a vida nesses teus olhos. Lindo é o amor nesse teu mundo, que não é o mesmo em que vivemos. E dá-me esse teu vestido de algodão, dá-me essa flor do teu cabelo, para que eu possa sentir tuas curvas, sutis e sem nenhuma malícia. Essas tuas pernas tão finas que aguentam a dor sem reclamar. Ah, pequena menina, sois tão pequena e quebrável, tão forte e indestrutível. E teu coração cabe a humanidade, bondosa. Ah, menina, dai um pouco do que tu és, e nem sabe que és, para cada um. Assim o mundo terá tua magia, essa risada infantil que vem de dentro de ti. Tu, pequena menina, que nem se faz notar, que és singela e doce, que és assim e ninguém há de te mudar, não se acabe. Não se esgote porque tua ausência há de me matar.