28 de novembro de 2014

Sobre ver o mundo:

Nada menos que incrível.
Nada menos que se sentir gigante e pequenino ao mesmo tempo. Quase como os pensamentos não lógicos que temos antes de dormir. Ver o mundo a uma distância necessária de mim mesma. Não achei que seria preciso. Fugi de uma parte de mim que pensara ser eu inteira. Não sou aquela? ou essa que agora anda pelas ruas sempre acompanhada é nova? surgiu agora ou sempre foi? Uma série de perguntas não formuladas. Não, elas não compreendem. Como poderiam? Sozinha pela cidade eu me procuro. Mas já não tenho tanta paciência para detalhes. Logo eu anseio por essa vida que quase não é minha.
Mas ora, há tanto pesar em deixar para trás tudo aquilo que eu sonhei ser. Falta a plenitude da felicidade, se é que ela existe. Se é que eu já me senti plena. Se é que não sou feliz desse jeito. Eu sou. Mas essa, aqui dentro, não é minha vida. Apenas o exterior e todas as sensações incríveis. 
Talvez seja isso agora: ver o mundo é vive-lo, é quase sair de mim mesma. Se for isso, que seja!

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