8 de dezembro de 2012

Viva!

Quando eu volto pra casa quero sempre livrar-me daquilo tudo que eu fui. Como se eu estivesse suja e tivesse que esfregar meu corpo até esfolar e pingar sangue e daí eu me renovaria, eu poderia sorrir e andar na rua levemente. Como se de repente eu descobrisse uma coisa aqui dentro, um jeito que não foi o meu planejado e não gostasse e quisesse de novo voltar para o meu conforto. Mas como voltar? se agora o conhecimento desse outro eu também já faz parte de mim, assim como todas aquelas palavras e atitudes e pensamentos que eu não reconheço. Agora tudo já faz parte de mim. Eu deveria gostar dessa nova gente ao meu lado, mas insisto em dizer que eu era mais feliz nos velhos tempos. Ora, se isso não é a felicidade...
Mas sabe, talvez eu murche com a possibilidade de viver a vida de plástico que me deixe estabilizada, porque daí sim eu vou perder o jeito, a cabeça, vou sufocar e explodir de novo com as escolhas que não me fazem sorrir. Todos esses eu's que vivem aqui dentro é o que me faz acordar para novos dias, cada dia um diferente. Senão, eu já teria morrido por todas as coisas. Viva a complexidade do ser! Viva a sinceridade de viver! Viva a vida, mas viva bem.

Nenhum comentário: