4 de novembro de 2008

Assim

E esse texto está assim, meio jogado. Foi tudo tão rápido e tão aqui de dentro. Tão confuso e tão explicado ao mesmo tempo.

A solidão é uma coisa bem confusa. Há pessoas que são tão sozinhas e não se sentem assim; e outras que mesmo tendo muitas pessoas por perto se sentem sós. Eu sei que tenho muitas pessoas boas, tenho minha família e tenho amigos. Mas ando me sentindo só. Como se precisasse de mais atenção do que as pessoas me dão. As vezes penso que as pessoas não são tão verdadeiras como pensamos que são. As vezes tenho a impressão de que é só na hora que convém, quando precisam vêm, quando não, vão embora sem sequer uma explicação. E enquanto eu escrevo isso, as lágrimas enchem meus olhos. Não choro assim tão fácil, mas hoje é diferente. Ando me sentido só, mas não sei bem de quem eu estou sentindo falta, se é alguém que eu nunca tive e pensei que eu finalmente tinha encontrado. Talvez foi só uma ilusão. Talvez nada era tão verdadeiro e intenso quanto eu pensava que fosse. E fazia planos, sonhava em um dia ser melhor. Agora eu não sei mais de nada, não sei como vai ser, se vai ser alguma coisa. Mas não é só isso, é tudo. Não é só o que parou de acontecer, é o que nunca aconteceu. Não é só com uma determinada pessoa, é com todas. Talvez seja eu o problema, ou não. Talvez eu seja muito exigente, e queira das pessoas algo diferente. Nem sempre elas estão dispostas pra isso. Talvez seja esse um tempo de espera, de definição. E talvez é melhor eu ficar quieta com a minha solidão.

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