Não sei se eu quero voltar pra esse quarto, nasci com o coração grande demais pra esse seu quarto apertado. Achei que podia, mas não posso. Ainda tenho meus limites, pode falar o que quiser, só sei amar. Amor é enorme e simples, dá menos trabalho do que isso que nos submetemos, não sei por gosto de quem. Você desculpa, mandei os sinais errados, aceitei e agora estou fugindo. Algum coisa me dizia que eu não podia te deixar ir embora, todo o bem que sem saber você fez por mim, mas agora já é tarde, você nunca esteve. Não te culpo, eu também nunca estive. Talvez por medo. E agora temos isso: essa intimidade construída numa falsa base de confiança. Desculpa, eu gosto de chão firme, eu gosto de correr. E bem, nós subimos rápido demais. Foi divertido e não me arrependo, mas eu sei que estamos prestes a cair, eu não quero sentir a queda pra ter certeza que vai machucar.
No meu coração cabe a esperança de isso se tornar uma coisa mais bonita, dois sorrisos. Eu sei que dentro do homem enorme que você é tem músicas de amor, iguais as que você canta. Mas por enquanto ficamos assim, uma lembrança boa de uns momentos finitos, frágeis e nós dois dançando sem culpa.
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