7 de abril de 2013

Lá e a igreja

A maioria das pessoas que estava lá não acredita em Deus. A maioria das pessoas que frequenta a minha igreja não iria lá. Mas, em essência, eu vejo o mesmo discurso e me sinto confortável nos dois lugares. Lógico que alguns elementos são quase opostos. Talvez eu seja muito simplista. Mas a essência das palavras são as mesmas. Lá eu sou a beatinha, na igreja eu sou a alternativa.
Na minha cabeça tudo é muito simples, ninguém precisar atacar o outro. Dá pra viver equilibradamente. Eu gosto de festas, shows, arte e cinema. Eu gosto de ir à igreja. Eu não vivo nenhuma contradição de personalidade. Eu tenho amigos gays e sei o que a igreja fala das suas atitudes, sei o que as pessoas de dentro da igreja falam sobre eles e sei mais ainda da forma errada com que a igreja é atacada por causa das pessoas que estão dentro da igreja e têm preconceitos horríveis. É engraçado, a mesma igreja deles me diz que eu devo amar as pessoas, sendo elas gays ou não, sendo o que elas estão fazendo certo ou não. Eu também erro muito e nem por isso sou condenada. As pessoas que condenam também erram muito e são intolerantes quando o erro é do outro. Não é isso que o Deus que eu acredito me fala. E isso serve para todos os dilemas atuais. 
É muito mais fácil viver no mundinho católico (e também serve para qualquer igreja) 'minha igreja é perfeita' do que conseguir amar o próximo. Assim como é muito mais fácil viver sob o discurso 'a igreja aliena' do que respeitar a fé das pessoas e não generalizar.
A minha relação com a religião é de amor. Eu acredito naquilo tudo, eu preciso daquilo tudo para me sustentar, para não me perder de mim mesma. Mas acho tanta bobagem querer impor a minha fé para todo mundo. Acho tanta bobagem discussões, brigas, falta de respeito, violência por causa de uma coisa tão pessoal, tão bonita. 
Eu gosto de estar onde eu sinto a bondade das pessoas. Eu gosto de estar lá. Eu gosto de estar na igreja.

Nenhum comentário: