2 de março de 2013

"Mantenha a calma", disse a Lagarta

Eu não posso nem ir para o convento. Gosto de festas, amigos, risadas e adoro ir ao cinema de shorts e chinelo. Se freiras pudessem ir a qualquer lugar de shorts e chinelo, eu juro que seria mais fácil me convencer. Eu sou calma demais para ser jornalista. Eu desisti da minha outra faculdade.O meu técnico foi mera diversão.Eu não sou disciplinada e ao mesmo tempo sou extremamente metódica. Sempre fui confusa, certamente confusa. Como quando a Alice não sabe quem ela é, mas ela não pode ser a Mabel, afinal ela não é tão burra assim. Às vezes me pergunto se eu sou essa daqui ou a outra que vive na minha cabeça ou aquela que um dia desistiu de tudo e apenas foi deitar deixando a vida se encarregar do resto. Eu não sei mais reconhecer meus amigos. Agarro-me a frases soltas. Eu nem sei mais rezar. Eu nunca soube. Tenho uns pensamentos que me fazem flutuar e isso deve ser oração também. Cada novo lugar que vou eu quero me reinventar, mas acabo sendo a mesma menina tímida e gentil. Quando eu digo que vou embora, eu apenas me aproximo de mim para me refazer e voltar mais inteira. E eu prometi pra mim mesma: eu não devo nada pra (quase) ninguém!

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