Continuavam os mesmo, talvez ela mais crescida e com jeito de mulher e ele com um ar mais sedutor. Uns pedaços de pizza, umas taças de vinhos, uns três filmes assistidos. Fazia tempo que ela não se sentia tão à vontade com um homem. Fazia tempo que ele não se divertia tanto com uma mulher. Estavam sem sapatos, sem tanta cordialidade, sem máscaras. Conseguiram ser eles mesmo ali naquela sala. Ela gostava da criatividade dele e da escolha da decoração dos cômodos (já que agora morava sozinho) e de quando "sem querer" a mão dele encostava em sua perna. Ele gostava do perfume feminino pelo apartamento e do seu sorriso fácil e branco e do jeito como ela arrumava os cabelos crescidos desde a época que faziam parte da mesma turma, até que ela foi trilhar seu caminho um pouco longe demais dos seus amigos. E de repente, numa noite divertida e bonita, os dois se lembraram que nunca se esqueceram. E sentados no sofá, absortos em seus pensamentos e já esquecidos do filme que passava na televisão, as mãos juntas foram inevitáveis e, cada vez mais perto um do outro, suas almas enfim se reencontraram para sempre.
"...todas as trilhas caminham pra gente se achar, viu"
Um comentário:
Mariana!
adorei o texto, posso visualizar a cena na minha cabeça, perfeito!
:)
beijos
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