28 de abril de 2009
O velho cheiro de madeira nova
O velho cheiro de madeira nova ainda me seduz. Desde quando eu tinha oito anos de idade. O som que sai dele não é muito agradável, de fato. E tudo por minha culpa, pelo meu abandono. Tudo bem, ainda assim eu toco. E imagino que a música que sai de suas cordas tão desafinadas é linda, está certa e dentro do ritmo. Talvez esteja, dentro do meu ritmo, certa do meu jeito e linda para mim. Eu não preciso de muito. Só da sua forma e do seu cheiro e do encaixe perfeito no meu colo. Só preciso dele ali bem do lado da minha cama, para eu poder pegá-lo quando as lágrimas querem sair pelos acordes mais tristes ou o sorriso quer se fazer notar pelos meus dedos não tão ágeis no braço do meu violão.
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